sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Pais denunciam a falta de professores no interior

Alunos da Escola Marechal Rondon estão há dois meses sem aulas
Na única escola de Ensino Médio da zona rural, os alunos estão há dois meses sem aulas de Química, Língua Portuguesa e Inglês. Dois professores da Escola Estadual Marechal Rondon, no município de Morro Redondo, acumulam atestados médicos. E sem reposição para a vaga dos docentes, o ano letivo de cinco turmas dos ensinos Fundamental e Médio já está prejudicado. Em razão do problema, alunos, pais e professores protestaram em frente à escola na manhã desta quinta-feira (15).
Enquanto isso, representantes do Conselho de Pais e Mestres (CPM) estiveram reunidos com o coordenador da 5ª CRE (Coordenadoria Regional do Estado), Círio Machado Almeida. O caso está sendo acompanhado pela Defensoria Pública, que, segundo o defensor Igor Menini, busca uma solução administrativa antes de ingressar com ação judicial.
Conforme os pais, desde junho os estudantes chegam às 8h na instituição e frequentemente recebem apenas uma aula por manhã. Muitos não têm como retornar para casa, já que dependem do ônibus escolar para percorrer as longas distâncias até as moradias.
A preocupação aumenta com a proximidade das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos dias 26 e 27 de outubro. O sonho de Larissa Schillin, de 15 anos, é cursar a faculdade de Zootecnia. Com o ano letivo comprometido, a estudante do terceiro ano tem a chance de prestar vestibular ameaçada. “Nessa situação, como nossa filha terá condições de ser competitiva?”, questionam os pais, os agricultores Cleiton e Dirce Schillin.
Possível solução nesta sexta
Conforme o coordenador de Educação, a CRE só obteve conhecimento da ausência dos professores nesta quinta-feira, durante a reivindicação, já que os atestados transitaram somente em âmbito escolar. Um dos magistrados teria imposto o remanejo e seria substituído em breve. Nesta sexta-feira haverá reunião para discutir a possibilidade de outro servidor assumir parte da carga horária das disciplinas. Almeida afirma que será possível organizar um calendário alternativo, da mesma forma quando há ocorrência de greve, e que os alunos não serão afetados. Estão previstas para setembro as nomeações do último concurso do magistério, realizado em 19 de maio deste ano.
Francine S. de Almeida

Nenhum comentário:

Postar um comentário